Escrever é humano. E ler também

Fino cronista da língua e da literatura, além de ficcionista renomado, Sérgio Rodrigues dedica-se em Escrever é humano: Como dar vida à sua escrita em tempo de robôs a discutir engrenagens que movem a imaginação leitora. Sem ser exatamente um manual, o livro também está repleto de insights para quem escreve ou deseja escrever.

Sérgio Rodrigues viu seu antigo projeto de escrever um livro sobre escrever, que vinha tocando sem pressa, ganhar uma urgência dramática: de repente, a inteligência artificial generativa tornava possível criar num instante um texto melhor que o da imensa maioria dos escribas humanos. Estaria a milenar tradição da escrita literária condenada a desaparecer?

Em Escrever é humano, Rodrigues defende que escrever literatura é trabalho de gente, por mobilizar tanto a inteligência quanto outras dimensões da vida, intuição e desejo incluídos. Adepto da troca de passes, o autor de O drible passa a palavra a outros autores, de Anton Tchékhov a Clarice Lispector, de Jorge Luis Borges a Chimamanda Ngozi Adichie, além de revisitar livros clássicos sobre escrita.

A questão da busca da “voz própria” é tratada com brilho, ao lado de aspectos técnicos como precisão vocabular, ritmo, pontuação, trama e pessoa narrativa. Erudito e cheio de humor, o livro se ocupa também de dimensões mais mundanas, como o impacto da escrita sobre a vida íntima de quem escreve (e vice-versa), e sociais, com sua carga ética e política. (Do site da editora.)

“Com humor e generosidade – e sem trégua para clichês ou para a preguiça –, Sérgio traz o leitor-escritor humano para perto como quem diz: deixa eu contar para você as ciladas em que caí e o que deu certo para mim: agora é a sua vez.”Ligia Gonçalves Diniz

“O cérebro eletrônico sabe muito, mas não sabe que não sabe. Nessa falha Sérgio mira seu ataque, e é fatal. Máquina toda respostas, a IA cala-se à pergunta: por que escrever é humano? O leitor tem a resposta em mãos, saboreie-a.”Pedro Bial

“(…) seguirei lendo meus livrinhos, escrevendo meus textinhos, e espero haver um número suficiente de pessoas para continuar essa conversa antiga e vital, o consolo dentro do que Sérgio chama de ‘aldeia gaulesa’ – a comunidade de resistência para quem a convenção literária é o que justifica abrir os olhos de manhã.”Michel Laub

“Não dá para um robô escrever com a habilidade, inteligência e clareza de Rodrigues, limpo como um céu azul. Não dá também para desdenhar da IA, que deixou de ser um problema e virou realidade.” – Fabio Altman

Ao alternar frases conceituais com outras carregadas de humor, comprova que a escrita em si ainda pode ter um efeito revigorante porque a mão escreve as palavras certas na ordem certa e, triunfantemente, transforma a linguagem em arte”. Ubiratan Brasil

“À primeira vista, o livro de Sérgio Rodrigues é um ótimo guia para escritores. E é mesmo. Mas, além disso, no conjunto de suas sacadas e reflexões, é uma ode de amor à escrita. É um livro sobre o turbilhão criativo e a labuta minuciosa que resultam em cada bom texto literário.” Rita Paschoalin

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