A língua nunca foi tratada com tanto amor e humor

Com o subtítulo “Uma viagem amorosa, sem caretice e sem vale-tudo, pelo sexto idioma mais falado do mundo ― o seu”, Sérgio Rodrigues lançou pela Companhia das Letras em setembro de 2016 um livro que é uma declaração de amor à língua portuguesa falada no Brasil e que rapidamente entrou nas listas dos mais vendidos do país, chegando à primeira reimpressão em apenas um mês.

Em forma de verbetes divertidos e instrutivos, num clima de leveza reforçado pelo projeto gráfico de Debs Bianchi e pelas ilustrações brasileiríssimas de Francisco Horta Maranhão, “Viva a língua brasileira!” tira dúvidas sobre o uso do idioma sem fazer da norma culta uma camisa de força — mas também sem aderir ao vale-tudo.

O livro é fruto dos quinze anos de experiência do autor como consultor linguístico na grande imprensa e na internet. Em vez de simplesmente recorrer à gramática normativa para elucidar as dúvidas de seus leitores, Sérgio lança sobre a língua um olhar de escritor. Mais do que registrar o que os sábios dizem ser “certo”, interessa-lhe saber por que é assim. E como, bem, nem sempre é exatamente assim.

Equilibrado entre a gramática normativa e a linguística moderna, o olhar e o ouvido do escritor flagram na língua do dia a dia questões polêmicas de gramática, ortografia e pronúncia. Descobre erros que o uso vai transformando em acertos, “erros” inventados pelas patrulhas linguísticas da internet e mentiras etimológicas de ampla circulação. Mergulha na história atrás da origem de expressões populares perdidas no tempo. E de tudo isso extrai, em vez de textos didáticos, pequenas crônicas lúdicas. Sem abrir mão do rigor.

As guerrinhas em torno da língua escrita e falada no Brasil andam chatas, polarizadas. De um lado gritam os que defendem cegamente a gramática lusitana tradicional e veem um sinal do apocalipse em qualquer brasileirismo mais saidinho. Do outro, esgoelam-se aqueles que usam os estudos linguísticos modernos como álibi para para esnobar o que há de belo na tradição de um idioma nobre, filho legítimo do latim.

Sérgio entende os argumentos dos dois lados, mas aposta que é possível cultivar a variedade culta da língua e ao mesmo tempo compreender que regras são historicamente determinadas. E que o idioma é sempre atualizado por quem o fala.

“Viva a língua brasileira!” é um manual perfeito para quem deseja usar nossa língua em toda a sua riqueza e sem nenhum preconceito.

“Bem-vindo, brilhante coleguinha Sérgio Rodrigues, para falar das coisas do falar e do escrever. Sua colocação (no sentido acadêmico da palavra, não como substituto do verbo pôr) quanto a certo, errado, mais ou menos, bom e ruim, bonito e feio, no que se escreve e no que se fala, está perfeita.” Millôr Fernandes sobre a coluna “Língua Viva”, que o autor manteve no Jornal do Brasil entre 2001 e 2002.

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“Sérgio Rodrigues, em seu magnífico livro ‘Viva a língua brasileira!’, recém-lançado, discute esse e outros problemas envolvendo nossa atual maneira de falar e escrever – erros que estão virando ‘acertos’ pelo poder da mídia, acertos que estão sendo transformados em erros pela atuação das patrulhas e os modismos sem causa que, de repente, contaminam até os mais conscientes.” Ruy Castro, Folha de S.Paulo

“Os leitores… saem do livro com a prazerosa sensação de quem ouviu de Villa-Lobos ao pagode dos amigos na esquina, gostou um bocado de tudo e aprendeu o suficiente para saber que todas essas notas e canções são suas.” Eduardo Wolf, Veja

“Depois de quinze anos de trabalho como consultor linguístico na grande imprensa, Sérgio decidiu reunir as dúvidas mais comuns e apresentar ao leitor um estudo que é muito mais do que uma escolha entre o certo e o errado… Mais do que corrigir o leitor, sua intenção é fazê-lo se apaixonar pela sua própria língua, pensar sobre ela, viajar pela sua história.” Tatiana Salem Levy, Valor

“Aberto a nuances e variações, seus verbetes mostram que, em se tratando de língua, nem sempre tudo é o que parece. Velhas certezas caem por terra a todo momento e supostos ‘erros’ propagados por patrulheiros podem se revelar mais errados do que o uso comum.” Bolívar Torres, O Globo

“Informado mas nada dogmático, vai desconstruindo mitos e tabus linguísticos… dedica capítulos a oferecer sugestões, tira dúvidas gramaticais, expõe erros comuns e discute polémicas.” Christiana Martins, Expresso (Portugal)

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